
Ministrada pelo - pr. João José - Domingo 08/07/2012
TEXTO BASE: 1ª Cor 11:23 -33
* Ao celebrar a ceia do Senhor, precisamos observar a expressão do texto, proferida por Jesus “fazei isto”. * Pois percebemos que se trata de uma ordem, logo a ceia é uma ordenança e fica ainda mais evidente ser uma ordenança para a Igreja, quando Jesus repete a expressão “todas as vezes que” mostrando que este ato deveria ser parte de uma nova prática cristã.
I. A ceia é um memorial:
* A Bíblia não diz que o pão e o vinho se transformam no corpo e no sangue de Cristo na hora em que partilhamos. * Jesus deixa claro que a ceia é um ato simbólico, “em memória de mim”. * É um momento de recordação do que ele fez por nós, morrendo na cruz, para nos remir dos pecados. * Ao participarmos da ceia estamos anunciando Jesus, sua vida, sua morte, sua vinda “até que venha”.
II. É uma Aliança:
* Os orientais davam muito valor às alianças, e as representavam. * Quando Jesus institui exatamente o pão e o vinho como os elementos da ceia, ele sabia exatamente o que estava fazendo. * Para os judeus, o pão e o vinho faziam parte de um ritual de aliança, de sangue, o mais alto nível de aliança que alguém poderia se submeter. Ao contrair uma aliança deste nível, as duas partes estavam declarando que misturavam suas vidas e tudo o que era de um passava a ser do outro e vice-versa. * Por isso Jesus declarou na ceia que o cálice era a aliança no seu sangue , estabelecendo com isto um ritual de aliança. * Vemos no Velho Testamento Abraão indo ao encontro de Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo, e levando pão e vinho. O que era isto? Um ritual de aliança. * Quando tomamos a ceia juntos estamos reconhecendo que estamos aliançados com Cristo, e que nossas vidas estão misturadas uma com a outra. * Na Igreja, no Grupo Familiar e no Discipulado. A ceia do Senhor é a comunhão dos aliançados.
III. A ceia do Senhor é um tempo para comunhão:
* Na Igreja primitiva era talvez chamada de “Ágapes” “Festa do Amor”. * A expressão “corpo” que encontramos no ensino bíblico da ceia, reflete esta visão de unidade e comunhão. * A mesa é um lugar de comunhão em praticamente quase todas as culturas e épocas, e a mesa do Senhor não deixa de ter também esta característica.
IV. Quem participa?
* Os que estão aliançados com Cristo pela fé nele. * Pela confissão com lábios e fé no coração. Rm 10. * O participante precisa estar aliançados com Cristo e com a vida espiritual em ordem. * Não proibimos ninguém de participar da ceia, mas a Bíblia diz que cada pessoa julgue a si mesma “Examine-se a si mesmo”. * Nem Judas Iscariotes em pecado e endemoninhado foi proibido por Jesus de participar da ceia. Lc 22.3,21. * O que a Bíblia nos ensina é que cada pessoa deve fazer um auto-exame, “examine-se a si mesmo”, e não que seja examinado pelos outros. * Portanto não examinemos ninguém, nem os proibamos, só instruímos. Se a pessoa insistir em participar de forma indigna colherá o julgo divino.
V. Onde devemos celebrar a ceia?
* Não há lugar determinado para se realizar a ceia, onde quer que estejam reunidos os cristãos ela pode ser celebrada. * No livro de Atos, lemos que o pão era partido de casa em casa (Atos 2.46) o que nos deixa totalmente à vontade em relação a celebrá-la nos Grupos Familiares. * Paulo também deixa claro que a ceia também era celebrada na Igreja “quando vos reunir na igreja..”, e “Se alguém tem fome coma a ceia” 1º Cor 11.18 e 34” revela que na cidade de Corinto a ceia era praticada também num lugar maior de reunião para toda a Igreja. * Portanto, como nos reunimos no templo e nas casas, a semelhança dos dias do Novo Testamento, na visão de Grupos Familiares, devemos praticar a ceia do Senhor nos dois locais de reuniões, sendo que a maior incidência se da no templo quando reunimos todo o corpo local.
VI. Quando acontece?
* No nosso entendimento não há uma periodicidade definida pela Bíblia quanto à celebração da ceia, Jesus apenas disse: “Fazei isto, todas as vezes que o beberdes em memória de mim”.(1 Cor 11.2.56). * Esta expressão “todas as vezes que” nos da liberdade de celebrarmos quando quisermos, mas sempre em memória do Senhor Jesus Cristo. Celebramos a ceia mensalmente na Igreja, e não temos periodicidade definida nas casas, talvez de 4 em 4 meses.
CONCLUSÃO:
Na igreja primitiva, quando celebrada nas casas, a ceia do Senhor era também chamada de Ágape ou Festa do Amor. Os irmãos se reuniam para ter comunhão ao redor da mesa, onde tomavam suas refeições juntos e juntamente com as refeições celebravam a ceia do Senhor.
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